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1.
Ciênc. rural ; 46(4): 674-680, Apr. 2016. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: lil-775140

ABSTRACT

ABSTRACT: Amorimiapubiflora (Malpighiaceae), which contains sodium monofluoroacetate (MFA) is the main cause of "sudden death" in cattle in the Brazilian state of Mato Grosso. This research investigated the induction of resistance to the poisoning in sheep by the continuous administration of non-toxic doses of the plant and also the possibility to transfer this resistance to other sheep by the transfaunation of ruminal fluid. For this a group of four sheep (G1) received daily doses of 0.5g kg-1 for 20 days and after an interval of 15 days were challenged with three daily doses of 1g kg-1 for 3 days. Also the transfer of resistance to A. pubiflora poisoning was evaluated by transfaunation of rumen fluid (100ml for 10 days) from G1 sheep to five sheep (G2), followed by challenge with the dose of 1g kg-1 for 3 days (G2D2) and after a three-day interval they received a single dose of 3g kg-1 (G2D3). The degree of resistance was evaluated by monitoring the onset of clinical signs, heart rate, and outcome of the poisoning compared with the control groups, which were challenged with three daily doses of 1g kg1 (G3) and with a single dose of 3g kg-1 (G4). Clinical parameters evaluated in Groups G1 and G2 were significantly less pronounced than those observed in G3 and G4 (control) (P<0.05). Sheep in G4 (control) died after receiving a single dose of 3g kg-1, while those in G2 (transfaunated) survived. These findings demonstrated that consumption of non-toxic doses of A. pubiflora induced resistance in sheep and that this resistance can be transferred by transfaunation. New experiments are needed to determine the most efficient ways to induce resistance and to use this technique in the field to prevent the poisoning.


RESUMO: Amorimiapubiflora(Malpighiaceae) contém monofluoroacetato de sódio (MFA) e é uma das principais causas de "morte-súbita" em bovinos no estado de Mato Grosso, no Brasil. Este trabalho investiga a indução de resistência à intoxicação por A. pubiflora em ovinos, através da administração repetida de doses não tóxicas, e também se é possível transferir essa resistência para outros ovinos por transfaunação do fluido ruminal. Para a indução à resistência, um grupo com quatro ovinos (G1) recebeu doses diárias individuais de 0,5g kg-1 de folhas de A. pubiflora durante 20 dias. Após um intervalo de 15 dias, os ovinos desse grupo foram desafiados diariamente, durante 3 dias consecutivos, com a dose de 1g kg-1. A transferência de resistência à intoxicação por A. Pubiflora foi avaliada por transfaunação de conteúdo ruminal (100ml diariamente durante 10 dias) do G1, para cinco ovinos (G2). Após essa etapa, os cinco ovinos do Grupo G2 receberam a dose de 1g kg-1 por três dias (G2D2) e, após um intervalo de 3 dias, quatro ovinos do G2 receberam uma única dose de 3g kg-1 (G2D3). O grau de resistência foi conferido mediante o monitoramento do início dos sinais clínicos, frequência cardíaca, desfecho da intoxicação e comparação com grupos controle, os quais foram desafiados com três doses repetidas de 1g kg-1 (G3) e uma dose única de 3g kg-1 (G4). Os parâmetros clínicos avaliados nos Grupos G1 e G2 foram significativamente menos evidentes do que os observados nos G3 e G4 (controles) (P<0,05). Os ovinos do G4 (controle) morreram após receber a dose única de 3g kg-1, enquanto os do G2 (transfaunados) sobreviveram. Esses achados indicam que o consumo de doses não tóxicas de A. pubiflora induz resistência em ovinos e que a resistência pode ser transferida por transfaunação. Novos experimentos são necessários para determinar as formas mais práticas para induzir resistência e a forma de usar essa técnica no campo para controlar a intoxicação por essa planta.

2.
Pesqui. vet. bras ; 33(9): 1049-1056, set. 2013. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-694050

ABSTRACT

No município de Colniza, Mato Grosso, a principal limitação para expansão pecuária é a ocorrência de "morte súbita" em bovinos, com registros de mortalidade próxima a 50% dos animais. Em visitas realizadas em áreas de ocorrência do problema, nos anos de 2004, 2011 e 2012, constatou-se que havia coincidência entre a ocorrência de "mortes súbitas" no rebanho e a presença de Amorimia pubiflora nas pastagens. As mortes ocorrem durante todo ano, porém acentuam-se no início do período das chuvas, quando há maior quantidade de brotação nas áreas de pastoreio. A intoxicação foi reproduzida em ovinos e bovinos através da administração de folhas jovens coletadas em dois períodos do ano, e, em ovinos, através de folhas maduras e dos frutos. Nos ovinos que morreram, as primeiras manifestações clínicas foram observadas entre 34min e 17h34min após a administração da planta e a evolução clínica foi de 3min a 15h20min, com uma fase final superaguda de 3 a 21min. As principais alterações clínicas encontradas foram taquicardia, evidenciação da jugular, tremores musculares, apatia e relutância à movimentação. Todos os sinais acentuavam-se após a movimentação. A fase final superaguda foi caracterizada por relutância para caminhar, cifose, tremores e contrações musculares generalizadas, principalmente de membros, cabeça e pescoço. Notou-se também taquipneia com respiração abdominal, decúbito esternal e rapidamente lateral ou quedas em decúbito lateral, opistótono, nistagmo e cianose de mucosa oral, seguidos de morte. As folhas jovens, independentemente do período da coleta, foram mais tóxicas; causaram a morte de ovinos a partir de 2g/kg e de um bovino que ingeriu 3g/kg. Já as folhas maduras revelaram-se tóxicas e causaram morte na dose de 20g/kg e os frutos ocasionaram a morte de um ovino que ingeriu 5g/kg. Concluímos que monofluoracetato de sódio (MFA), encontrado na concentração de 0,015% nas folhas em brotação de A. pubiflora, é o princípio tóxico responsável pela "morte súbita" causada por Amorimia pubiflora. Esse estudo mostra a importância de A. pubiflora para a região Centro-Oeste do Brasil, principalmente para a pecuária bovina do município de Colniza, MT. Essa planta é tóxica, também, para ovinos e o quadro clínico é similar ao descrito para bovinos.


In the county of Colniza, Mato Grosso, the main limitation for livestock production is the occurrence of "sudden death" in cattle, which affects in some farms up to 50% of the herd. In visits to some of the farms where the problem occurred, in 2004, 2011 and 2012, the presence of Amorimia pubiflora on the pastures was associated with the occurrence of "sudden deaths" in cattle. The deaths occurred throughout the year, however more frequently at beginning of the rainy season, when A. pubiflora sprouts in the grazing areas. The poisoning was experimentally reproduced in sheep and cattle by the administration of young leaves of the plant collected during two seasons, and in sheep by the administration of mature leaves and fruits. In the sheep that died, the first clinical signs were observed between 34min and 17h34min after the administration of the plant, and the clinical course varied from 3min to 15h20min, with a final peracute phase of 3 to 21 minutes. The main clinical signs were tachycardia, engorgement of the jugular veins, muscle trembling, apathy and reluctance to move, which were more evident when the animals were moved. The peracute final phase was characterized by generalized tremors and muscle contractions mainly of limbs, head and neck, respiratory distress and abdominal respiration, sternal and quick lateral recumbence or falling to the ground with peddling movements, opisthotonus, nystagmus, nystagmus and cyanosis of the oral mucosa, followed by death. The young leaves of A. pubiflora, independent of the collection period, were more toxic and caused death of sheep and cattle after ingestion of 2g/kg and 3g/kg respectively. Mature leaves caused death at the dose of 20g/kg, and the fruits at 5g/kg. The young leaves contained 0.015% of sodium monofluoracetate which is responsible for clinical signs of the "sudden death". These findings show the importance of Amorimia pubiflora for cattle raising in Midwestern Brazil. The plant is toxic also for sheep causing a clinical picture similar to that reported in cattle poisoned by monofluoracetate-containing plants.


Subject(s)
Animals , Cattle , Fluoroacetates/administration & dosage , Malpighiaceae/toxicity , Sheep/physiology , Toxic Substances
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